Ciro Fernandes, conhecido como Ciro de Uiraúna é sobrinho do tio Zuza, neto do mestre Noza, descendente de toda uma nobre linhagem que entronca em Vitalino de Caruaru e em Severino de Tracunhaém. Nasceu em 31 de janeiro de 1942 em Uiraúna, cidade do alto sertão da Paraíba. Desenhista e gravador começou no mundo do desenho quando ainda era criança. Como muitos nordestinos da época, Ciro se mudou para São Paulo aos 17 anos de idade, onde foi operário e desenhista de bois nos açougues da zona leste da cidade. Mudou-se depois para o Rio de Janeiro e na feira de São Cristovão, importante reduto da cultura nordestina na capital fluminense, começou a fazer xilogravuras gratuitas para os poetas de cordel. Chegou a trabalhar com José Altino de João Pessoa, com quem aperfeiçoou sua técnica da xilogravura. Frequentou ainda o atelier de Augusto Rodrigues, litogravura no Parque Lage com Edgar e gravura em metal com Rossine e Lena Bergstein no MAM. Sua arte é variada, mas está pautada especialmente no mundo da literatura de cordel e, sobretudo na cultura nordestina. Além de desenhista, pintor e gravador, Ciro também é poeta. Chegou a publicar um livro para o público infantil: Os Bichos Que Sei Fazer (editora Rovelle). Ciro foi ilustrador do Jornal do Brasil e fez modelo vivo com o pintor Bandeira de Melo. Fez pinturas, desenhos e xilogravuras, inclusive capas de livros para Orígenes Lessa, Raquel de Queiroz, Ana Maria Machado, Gilberto Freire etc. O artista já participou de muitas exposições como o Salão Carioca de Arte, o Salão Nacional de Artes Plásticas, além de exposições na Suíça, Alemanha e Dinamarca. Em 2013 teve sua obra exposta na Academia Brasileira de Letras no Rio de Janeiro. Seus trabalhos encontram-se no acervo da Casa da Gravura de Curitiba e Museu Nacional de Belas Artes, dentre outros.
Tamanho: 47,5 x 32,5 cm.
Preço: R$ 600,00 (Emoldurado).