Arte popular celebra

“A arte popular brasileira celebra
A natureza
O universo do fantástico
A força do imaginário popular
A ligação com a arte como um todo
A vida de cada dia”

Edna Matosinho de Pontes, colecionadora e pesquisadora

 

Arte popular

“Costuma-se chamar “arte popular” a produção de pinturas, esculturas em madeira e modelagens em barro feitas por artistas autodidatas. São pessoas que sem jamais terem frequentado escolas de arte, criam obras com uma estética diversa da chamada “arte erudita” e que têm reconhecido valor artístico.

Seus autores são gente do povo, isto é, pessoas com poucos recursos econômicos, que vivem no interior do país ou na periferia dos grandes centros urbanos. Para eles, a arte é uma forma de reinterpretar o mundo à sua maneira e significa, antes de tudo, trabalho – é um saber fazer próprio e original.

Apesar de fortemente enraizada na cultura e no modo de viver das pequenas comunidades nas quais tem origem, a arte popular exprime o ponto de vista de indivíduos cujas experiências de vida são únicas. Apresenta os principais temas da vida social e do imaginário — seja por meio da criação de seres fantásticos ou de simples cenas do cotidiano — numa linguagem em que o bom humor, a perspicácia e a determinação têm lugar de destaque. Talvez venha daí seu forte poder de comunicação, que ultrapassa as fronteiras de estilos de vida, situação socioeconômica e visão de mundo, interessando a todos de maneira indistinta.”

Fabio Magalhães, museólogo, crítico de arte e curador e Edna Matosinho de Pontes, colecionadora e pesquisadora

 

Viva expressão da criatividade do nosso povo

“A Arte Popular Brasileira é bonita, criativa e cheia de vida. Tem um aspecto lúdico que mexe também com jovens e crianças.

Encanta e surpreende. Ao contrário da arte erudita a arte popular é uma produção espontânea, na qual não sobra espaço para a educação formal ou acadêmica. Quando algum tipo de transmissão de conhecimento existe, ocorre no máximo informalmente com outro artista/ artesão que funciona como iniciador. Na arte popular há muito mais espaço para a inventividade e para o saber fazer pessoal do que na arte erudita. A imaginação é muito mais livre tanto na forma final do trabalho como nos meios que o artista inventa para resolver os problemas na confecção de sua obra.

Como afirma J. A. Nemer “há um alto grau de desafio aos cânones tradicionais da atividade plástica” já que esses cânones são conhecidos “senão através de observação superficial”. Assim, a carência de informação aliada a uma curiosidade fértil abre caminho para a criação.

A arte popular é a viva expressão da criatividade do nosso povo. Através da sua fantasia o artista reinventa a realidade, estabelecendo íntima relação entre o real e o simbólico.”

Edna Matosinho de Pontes, colecionadora e pesquisadora

 

Arte que nos encanta

“Arte popular é ar fresco, força vital, volta às origens. É algo que nos encanta e nos conforta porque nos faz escapar da repetição, da banalidade e do materialismo cerebral excessivamente presentes no mundo contemporâneo.”

Roger Thilmany, crítico

 

Galeria Pontes – Olhar ensolarado

“A arte que os eruditos chamam de popular é bela porque é, simplesmente isso.
(…)
A Galeria Pontes é, em si mesma, ensolarada, um arco-íris. Um espaço de muita vitalidade. Energia que não para de brotar, porque a arte popular é germinal, isto é, plena de vida.”

Fabio Magalhães, museólogo, crítico de arte e curador